quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Um empregado único, exemplar, impecável,amigo e atento à forretice dos clientes!


Dia 2 de Setembro
Docas

Para final feliz ( chamemos-lhe o início de uma bela temporada) , fiz o trajecto de comboio desde o Estoril até Alcântara( a propósito adorei a viagem), encontrei-me com a minha amiga M., parámos para jantar num restaurante italiano, vimos a lista, inclinadas para as pizzas questionei: -São doses individuais?
O funcionário de uma simpatia extrema ( e não estou a ser irónica):
- São doses individuais mas se quiser pode ser servido dividido e pode completar com uma sobremesa. :-D Podem sentar-se à vontade e se tiverem frio também têm umas mantinhas para se protegerem do frio.
Na altura de escolher as bebidas eu optei por água mineral, a minha amiga também e o funcionário muito prestável e atento às necessidades dos seus clientes voltou-se e rapidamente disse:
- Tem garrafas de 0,5 litro trago uma para as duas e depois se for preciso mais trago outra.
Bem isto promete! De seguida, perante a nossa não colaboração no "morfanço" do presunto bem como das manteigas e respectivo pão, o prestável empregado interrogou:
- Não querem que leve isto para ficarem com mais espaço?
Hesitámos, não sabíamos muito bem o que dizer, e rematámos com um:
-Deixe estar!
Pronto ainda nos restou o presunto, pois o homem já tinha fugido com a manteiga.
Como se não bastasse e porque somos pessoas coerentes, pedimos um tiramissú com duas colheres. Nada surpreendido com este pedido, o "nosso amigo" acedeu ao mesmo dizendo:
- Sim,sim, e trago com duas colheres para não estragar o desenho, mas depois vocês logo vêem!
E foi assim que divertidas passámos um belo serão nas docas de Alcântara!
Não obstante os risos e a boa disposição, a nostalgia fez-se sentir remetendo-me para uma época 12 anos antes, em que era apenas uma miúda de 16 anos, com muita capacidade de se deslumbrar, sonhos diferentes dos de agora e uma inocência própria da idade. Não posso dizer que é mau, nada disso, apenas diferente! Fico feliz por saber sentir e amar aquilo que fui e aquilo que sou.

Sara C.

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